Por Max Gehringer
Existem dois tipos de empresas. As que proíbem e as que incentivam. As que proíbem são visuais: elas têm normas e regulamentos escritos para qualquer situação. As empresas que incentivam são auditivas e orais: elas escutam e discutem. As empresas que proíbem são individuais. Cada um tem o seu lugar, e as fronteiras entre uma função e outra são claramente definidas. As que incentivam são coletivas. Toda área é aberta para quem quiser conhecê-la ou se transferir para ela. Para as que proíbem, o importante é o segredo. Para as que incentivam, o importante é a divulgação. Nas que incentivam, a resposta para
qualquer pergunta normalmente é sim. Nas que proíbem, a resposta é sempre não.
Nas empresas que incentivam, é essencial ter boas idéias. Nas que proíbem, é vital ter
boas desculpas. Nas empresas que incentivam, é fácil conversar com o presidente. Nas que proíbem, é difícil conversar até com o chefe imediato. A empresa que incentiva tem planos de carreira para seus funcionários. A empresa que proíbe acha que o funcionário só reclama. A empresa que incentiva depende de um sistema de administração. A empresa que proíbe depende de uma pessoa que dá ordens. A empresa que incentiva é boa para quem quer progredir. A empresa que proíbe só é boa para quem manda. O estilo da empresa que incentiva parece infinitamente melhor, mas não é bem assim. Muitas empresas incentivadoras já quebraram, e muitas empresas proibidoras estão conseguindo sucesso. Porque existem dois tipos de funcionários: os que preferem ser incentivados a decidir e a inovar, e os que preferem ser mandados e simplesmente obedecer. Por isso, o sucesso de uma empresa não depende de seu estilo, mas de seu processo de seleção. Um funcionário criativo e inovador, que se sinta amordaçado, oprimido e humilhado não está errado: ele apenas não foi contratado pela empresa certa.

0.000000
0.000000